Thursday, May 18, 2006

Repensando a história da mulher

"Também não sou a favor da desvalorização da mulher, mas diferente da Amanda não tenho uma visão etinoscêntrica, se as mulheres iranianas não tivessem qualquer contato com o ocidente não iriam contra os valores de sua cultura, portanto não podemos compará-las conosco, elas não são nem melhores nem piores, apenas diferentes, trata-se de outra cultura.
Mariana Signoreli. | 05.15.06 - 11:23 am | # "


Andei lendo os comentários sobre o meu texto anterior, vou responder todos, embora não saiba onde, pois ninguém deixou link para seu blog. Mas hoje gostaria de esclarecer algumas coisas sobre o comentário da Mariana. Respeito a opinião dela, mas não concordo. Por quê?

Numa breve retrospectiva histórica, lembrem-se de como o homem surgiu (cientificamente, claro!). O homem é uma linhagem de primatas que se desenvolveu principalmente a partir do uso da mão, descobrindo que o polegar forma uma pinça com todos os outros dedos e, daí então, desenvolveu técnicas cada vez mais complexas, aumentando o tamanho do cérebro e desenvolvendo a postura ereta. Eram rudes, mas descobriram o fogo, criaram meios de se comunicar que evoluiram para a fala e, deixando a pré-história, criaram a escrita. Segundo as necessidades e potencialidades de cada indivíduo, dividiram-se em grupos, os clãs, que buscavam o melhor meio para sua sobrevivência. E assim foram pela Antiguidade, Idade Medieval, Idade Moderna, onde se principiou a Revolução Industrial e a consolidação do Capitalismo, fatos de extrema importância para a compreensão da sociedade atual, até chegar à Idade Contemporânea, em que vivemos. É claro que nesses anos esses clãs tomaram rumos diferentes, alguns até opostos. Dentre essas diferenciações está a religião. No Irã a maioria das pessoas são muçulmanas, enquanto o Brasil é um país predominantemente católico. Qual deles é mais propício à sobrevivência da mulher? Não podemos responder com certeza. Mas, na minha opinião, e não quero impô-la a ninguém, no Ocidente as mulheres encontram mais possibilidade de reconhecimento pelo que fazem e pelo que são. As iranianas estão seguindo a linha evolutiva, que é a de buscar o que lhe propicie a sobrevivência e a melhor qualidade de vida, como acontece em toda a história. Os nossos antepassados, no início da sua existência, não tinham referências e mesmo assim evoluiram. Creio que mesmo sem a referência Ocidental as muçulmanas estariam seguindo este caminho, de buscar sua "libertação". Portanto, não acho que minha visão seja etnocêntrica, mas histórica.

Mas, mais uma vez, não quero impor minhas idéias. Apenas declará-las. Respeito a opinião de todos, embora não concorde com todas.

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